O efeito, a causa, a consequência, os delatores ou as condições? O Facto.
Caro amigo, antes de mais, cumpre esclarecer, que não concordo com o o fim da UE, para que o meu comentário não seja rotulado de isto ou aquilo.
O que dizer deste resultado, que terá ocorrido? Provavelmente poucos pensarão nisso. Numa primeira instância será sempre mais fácil culpar e rotular os votantes e em seguida arquitectar estratégias para reverter o processo. Mas porque não "culpar" e "rotular! a forma que o projecto tomou? Porque não um "Pára, Escuta e Olha"?
A Europa, como projecto social, começou a levar "marteladas" no seu sentido aquando da queda do bloco de leste. O ser humano funciona numa lógica de opostos e já não havia nada a que opor, nem cidadãos que cativar.
Paralelamente a isso, aquelas e aqueles que mais sofreram com a guerra fria e com o projecto europeu, agora puxados para dentro da "pobre velha Europa" que sentimentos poderão ter para com a ex-CEE, actual UE?
Saltando para os lideres, aqui então temos a maior pedrada no charco, aos grandes negociantes de 50/60/70/80 sucederam-se os miúdos das jotas, os sofredores das ex-RDA, o êxtase do gestor, e o que temos são mestrados falsos, licenciaturas mentirosas, a cultura do facilitismo e a lógica do favor. Junta-se-lhe a famosa frase de Drucker "Gestão é gestão de tudo" e o caldo entornou.
De pessoas passamos a números, da política que orienta a economia e a finança, temos uma finança descontrolada e desregulada que envenena a política destruindo a Economia. Mas destrói ou conduz de uma determinada forma para um determinado resultado, consoante um determinado objectivo? É esta questão que conduz ao direito a dizer não, pelo voto. Assim, não! Ainda conduz, ainda.
Fizemos a nossa própria cama e agora, vamos deitar-nos nela, se não hoje caro amigo, amanhã e isto não terá nunca a ver com esquerdas ou direitas, nacionalismos ou patriotismos, mas antes com bom senso, ou falta dele, pois tudo o dinheiro levou.
As pessoas estão mais instruídas (mais instruídas ou fartas de ser intrujadas) e provavelmente não quererão ir na ladainha do "assim é menos mau" e decidiram arriscar. E para o bem e para o mal, aliás, como o menor dos males, ainda nos é dado o direito de alguma forma, seguir um determinado caminho.
Acho que deveríamos ser nórdicos neste momento e pensar no que é que conduziu a este resultado e não nas consequências do mesmo.
Provavelmente, como humanos, não aguentamos a verdade, mas provavelmente, estamos mais inclinados a inverter o ónus e a procurar culpados, esquecendo o mais important. O desígnio primordial da UE deve ser mantido (adaptando-se) e que a manutenção se faz com revisões periódicas, caso contrário, estoira.
Grande abraço caro amigo.
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