terça-feira, abril 24, 2012


 Work Seeker, anonymous.

Manhã de Abril

Vozes que em tempos se ergueram,
Para que outros o pudessem fazer.
Peitos que se deram à espada,
Costas que se dobraram à força da inrazão,
Caras que se deram à morte,
Almas que se mantiveram vivas…
E hoje? Misto de traição,
Quais espectros políticos filhos de velhas juventudes,
Repousamos, dormimos,
Nas sombras do caminho que outros desbravaram.
Supostamente livres, antes vergados perante a ordeira inrazão.

Silenciosos, calmos quais cordeiros,
“Não pode ser senão assim”,ouvimos, 

Ouvimos e calamos.
Vida que temos na cara,
Alma que carregamos morta.

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