terça-feira, julho 04, 2017

Liberdade

A Liberdade é (deve ser) o verdadeiro ópio do povo.
Só na liberdade existe o Homem, só no exercício de liberdade se constituem o Ser e todas as suas categorias.
A liberdade tem que ser um vício, na sua dimensão da procura e posse. Só na liberdade há razão.
A liberdade é um constante exercício de razão, o mais alto e nobre de todos.
Só o ser livre pode ser um ser ético. Só na liberdade há moral.
A liberdade é condição para a moralidade.
Só a liberdade me permite ter para Ser neste determinismo existencial, do Ser que caminha para a morte.
Só na liberdade há paz, só na liberdade há respeito, só na liberdade há igualdade, só na igualdade pode existir lei e ordem. É a liberdade que legitima a pena e o condenado.
É a liberdade que permite a constituição e afirmação do Eu, que nada mais é que o exercício de síntese entre a minha razão e o mundo que me rodeia.
Só a liberdade permite a constituição de uma democracia.


Democracia sempre.

1 comentário:

Inês disse...

Infelizmente a Liberdade parece estar presa num Paradoxo de Zenão sem sentido, uma vez que é constituída por liberdades, liberdades essas que parecem nunca ser suficientes para a existência de uma verdadeira Liberdade. Até onde é que é suposto a Democracia ir em busca dessa Liberdade? Acatar todos os infimos direitos das infima minorias? Ou continuar a pautar-se pela razão da maioria?